UA-40840920-1

sábado, 26 de abril de 2014

Nova Iorque | Compras para os pezinhos

A sensação que tenho, quando falo de Nova Iorque, é que me inebrio de tal forma com o sentimento de saudade da minha alma nova-iorquina, que as palavras são muito escassas e francamente pequenas, engolidas por algo que se sente, e que não se conseguirá explicar. Queria voltar amanhã, depois, e até morar uma temporada na cidade feita à minha medida, tanto de eclética quanto de frenética, com uma pitada de bairrismo próximo, em comunidades que se entre-ajudam. Queria conhecê-la melhor, vê-la de perto, seduzi-la para que me tornasse um bocadinho dela. Tomara que pudéssemos, na nossa vida, só uma, fazer tudo o que desejamos ardentemente e nos completa *suspiro*.

Caindo na realidade, deixando para trás a tentativa vazia de partilhar convosco o meu sangue nómada, que cresce no caminho, e não prendendo raízes ao chão,  decidi que, talvez mais útil do que lerem os meus devaneios, seria a partilha de algumas lojas interessantes e excelentes negócios feitos por lá. Confesso que o meu foco principal estava, como boa fã do Sexo e a Cidade, em sapatos e, como não poderia deixar de ser, cosmética (sobre a qual falarei noutro post), pelo que não me irão ver a falar de roupa, que não quero induzir ninguém em erro dissertando sobre experiências que não tive. Acreditem, não é muito o meu estilo. 

Crente que os preços de sapatos bons seriam sempre mais convidativos do que os europeus, deixei as compras para os pezinhos que necessitava para Nova Iorque. A lista era simples: sabrinas, sandálias de festa e sapatilhas.  Esqueci-me apenas de um pormenor, no mínimo fundamental; os pés americanos são consideravelmente maiores que os meus, pelo que mesmo o tamanho mais pequeno de mulher, o 5, era, em muitos casos, demasiado grande. Deixei de encontrar sapatos? Não, de facto não. Mas tive de ir com a mente bastante aberta e aproveitar o que havia, sem me fixar em tons e/ou modelos. Estou extremamente satisfeita com o que trouxe. Mas sei que, se fosse mais obstinada, viria de mãos a abanar. 


Mas comecemos por ordem de compra para não vos massacrar demasiado. Ainda em França, antes de ir para NY, decidi estar atenta a promoções e ofertas fantásticas, que ia encontrando pelo Retail Me Not, já que poderia enviar as compras para casa da amiga que me acolheu. Foi assim que vieram aquelas que são, a partir de agora, as minhas sandálias de festa. Todas em pele, de um dourado mais discreto nos pés do que parece, confortáveis e elegantes, encontrei-as no site oficial da Ralph Lauren a 23 euros, em promoção de 80% por causa do Dia do Presidente, no meu tamanho. Claro que este foi um golpe de sorte mas, se querem uma sugestão, quando tiverem a viagem marcada, perguntem ao vosso hotel, ou a algum amigo, se podem receber as encomendas e estejam atentos a promoções. Há ofertas inimagináveis. 

No primeiro dia, mais por causa do meu companheiro de viagem, (compras para homens nos Estados Unidos são de aproveitar e muito), fomos logo ao Jersey Gardens, um outlet enorme, fantástico, cheio de lojas de marcas de qualidade e bons artigos muito mais baratos. Não vos vou mentir, há muitas coisas que não são propriamente "baratas", são é "mais baratas" do que na Europa (por exemplo, uma mala de 300 euros da Michael Kors pode custar lá 150, mas, no entanto, é preciso estar-se disposto a dar esse valor por uma peça. Quem diz esta, diz outra qualquer. Vi lá um vestido da Prada, na Nordstrom desse outlet, que eram 1200 dólares a metade do preço; mas 600 dólares não se dão assim). Embora em New Jersey, muito pouco prático para quem fica em NY, é um lugar a pensar visitar, durante um dia inteiro, com uma mala de viagem vazia, se querem investir em artigos mais luxuosos. Depois de oportunidades perdidas de preços fenomenais na Calvin Klein, na Guess ou na Tommy Hilfiger (entre outras, de desporto), por não haver o meu número, consegui comprar umas Converse All Star menta a cerca de 20 euros, na secção de criança. 

A caminho da downtown, especificamente da Trinity Church, onde, à uma da tarde de todas as segundas-feiras há um mini-concerto com músicas de Bach, gratuito, esbarrámos com a Century 21, a loja na qual a Carrie Bradshaw desgraça o primeiro salário como colunista. Com as marcas mais fantásticas que podemos encontrar, desde Manolo Blahnik, a Calvin Klein, Fendi, Guess, Michael Kors, Moschino, Kate Spade, Prada, Dsquared2, passando pela alta-costura de designers italianos, a C21 é um verdadeiro "templo do consumo", onde podemos comprar roupa para todas as ocasiões, acessórios, cosmética (sem desconto) e sapatos. Muitos sapatos. Quase tudo com 60% de redução. Agora, um pequeno, importante, senão; se tiverem um tamanho de pés dos mais comuns, entre 37-39, poderão ter sorte e muito por onde escolher. Eu não encontrei quase nada; mais uma vez o que havia era demasiado grande, ou caro, e saí apenas com uma carteira em pele, azul, pequena, que me durará com certeza anos, do Vince Camuto. 

Já convicta de que não ia encontrar sapatilhas nem uns sapatos casuais, mas bonitos, fui à Nordstrom Rack, o outlet da loja, na Union Square, em busca da parte de cosméticos. Com uns pads da Neutrogena a 50% de desconto na mão, a caminho das caixas, encontrei as filas dos sapatos em promoção. As caixas muito bem organizadas, por tamanhos, dispostas em ordem crescente e da sapatilha informal para o mais sapato mais formal, foi a minha maior perdição. Não vale minimamente a pena procurar outros modelos, noutros tamanhos, porque o que está à vista é o que há. Mas o que há, já nos enche os olhos de alegria.Todos os pezinhos pequenos tinham, pelo menos, três filas com várias prateleiras de sapatos no tamanho 5 e outras tantas para os 6. Difícil foi escolher só dois pares. De lá trouxe uns mocassins vermelhos da Michael Kors (que combinam com o meu lado fascinado pelo Feiticeiro de Oz), também em pele e ao preço de uns sapatos de algum material sintético das marcas multinacionais que insistem em começar no 36, e uns ténis da Nike a metade do preço que estavam na Macy's e a um terço do das sapatilhas do género em Portugal. Ainda procurei uma gabardine vermelha (sou coerente no meu amor por casacos encarnados, vá), mas em vão, e nem me enfiei pelos corredores e corredores de roupa que por lá encontrei. Admito que não tenho jeito algum para encontrar aquela peça maravilhosa no meio da confusão. Se os artigos não estiverem dispostos de forma a que eu os consiga visualizar, ser-me-á muito difícil (entediante e a roçar o desespero) encontrar algo. Sou menina de saldos, mas não a monte, e agora com o hábito de comprar online o grau de paciência tem decrescido a olhos vistos. 

As minhas compras não foram muitas, como podem ver, mas bastante satisfatórias. Pode ser que a minha experiência nestas lojas dê jeito a alguém que vá passear até Nova Iorque, com um orçamento reduzido, como era o nosso. Quem conhecer outras e tiver encontrado bons negócios em roupa ou acessórios, partilhe por favor a experiência nos comentários. Com certeza ajudará muita gente (incluindo a mim, quando lá voltar. Porque não sei quando, mas voltar eu volto). Obrigada. :)        




2 comentários:

  1. Olá ML, este post veio mesmo a calhar pois ando em pesquisas para a minha 1ª viagem a NY que será em junho. Fiquei curiosa, quanto calça? estou a pensar trazer umas All Star e a dica de ir à parte Kids poderá ser muito util. Fico ansiosamente à espera da parte sobre cosmética! Até breve

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Car, ainda bem que lhe dá jeito. Muito gosto eu destas partilhas úteis, também. Eu calço o 35 português, o UK 3, que corresponde ao 5 americano. Mas, atenção, são modelos maiores que os nossos, pelo que o melhor será sempre experimentar. :) Beijinho

      Eliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...