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domingo, 21 de julho de 2013

Casamento - Escolher a comida para todas as refeições

foto: Facebook Morais Eventos
A comida num casamento português é uma das componentes do dia à qual se dá imenso valor. Por ser um evento muita gente, e que normalmente gosta de comer, a decisão da quinta (se tiver o serviço de catering incluído) ou da empresa que tratará da comida, depende, muitas vezes, da qualidade que lhe é conferida e reconhecida nessa matéria. Um serviço muito criticado é um serviço rejeitado.

Por isso, em primeiro lugar, é importante procurarem informar-se sobre os serviços que têm ao vossos dispor. Na internet, há um site que achámos bastante útil para esse passo - O Nosso Casamento. Além de podermos ver os fóruns e dúvidas colocadas sobre as mais variadíssimas questões, há sempre a possibilidade de partilharmos os nossos receios e haverá sempre alguém a responder com a sua experiência relativamente à quinta, ao catering, enfim, a (quase) tudo.

Tendo decidido quem será responsável pela comidinha, há que pensar nas várias etapas do casamento e definir o que queremos para cada uma, que pratos escolher e, mesmo que não esteja na lista prévia apresentada, se preferimos acrescentar ou retirar algum, como melhor nos convier. Afinal, o dia é nosso, e, uma vez que se paga (e bem!) por pessoa, há que garantir que tudo esteja exactamente como queremos. 

Indo por refeição, eis as questões que nos colocámos, tendo em conta que, o nosso, será um casamento mais tradicional da minha região:

Pequeno-almoço
Antes da cerimónia, é comum oferecer-se um pequeno-almoço/café da manhã reforçado, para os convidados ficarem bem até ao almoço, que, nestes dias, é sempre tardio. Desde os convidados mais idosos, habituados a comer mais cedo, aos que acordaram mal o sol raiou para irem para cabeleireiros e afins, é bom haver petiscos, doces e salgados, incluindo carnes, desde o lombo de porco, à vitela ou leitão. 
Esta refeição pode ser servida pelo catering ou ser totalmente organizada por nós, contratando alguém para dispor a comida no dia, e servi-la pelos convidados. Depois de várias contas feitas, e tendo em conta a relação preço/qualidade/quantidade, verificámos que ficava mais ou menos o mesmo preço feito por nós ou pela empresa, além de ser muitíssimo menos trabalhoso. Para nós, é a melhor opção.

Recepção
Depois da cerimónia e à entrada da quinta, servem-se os aperitivos enquanto se tiram as fotografias com os noivos. Normalmente é o momento dos grelhados, desde os enchidos/ embutidos às carnes como a picanha, e dos salgadinhos (rissóis, pastéis de bacalhau, chamuças, etc.). A acompanhar, bebem-se bebidas mais frescas, como as caipirinhas, ou os aperitivos clássicos como o whisky ou o martini.

Almoço
A quantidade de pratos depende do orçamento estipulado por cada organizador do casamento. Antigamente, chegava a haver sete pratos diferentes mas, hoje em dia, o mais comum é ter uma entrada, uma sopa, um prato de peixe, um de carne e uma sobremesa.
A escolha de cada um não é simples e, além de depender da vontade dos noivos, deve ser igualmente algo que seja o mais consensual possível entre os convidados. Pratos que tenham bacalhau são sempre bem-vindos, enquanto que carnes que tenham de ser servidas em sangue podem ser um autêntico fiasco.
Outra questão que ponderámos foi a diversidade nos pratos. Podíamos fazer, por exemplo, um almoço que assentasse no camarão como ingrediente principal de vários, mas... e se houver pessoas alérgicas? Alimentos mais comuns, mesmo mantendo um grau de originalidade e de qualidade, foram essenciais para a nossa escolha, tentando, com isso, que não houvesse alguém que desgostasse do almoço completamente.
Na sobremesa, tentámos seguir a mesma lógica. Composta com dois ou três tipos de doces diferentes, as sobremesas devem ter uma opção, pelo menos, que seja apreciada pela maioria. Assim, evita-se que os pratos sejam devolvidos à cozinha quase intactos, o que sinceramente me faz doer o coração.
É comum as empresas darem pelo menos uma degustação do menu escolhido para o casório, antes do dia. Analisem muito bem todos os pratos que são servidos e, se quiserem alguma coisa alterada no dia do casamento, não hesitem em pedir e fazer valer a vossa opinião. Se for necessária outra degustação porque algo não estava bem feito, peçam. Mais uma vez, o dia é vosso. 

Copo d'água/ Pôr do Sol
Os almoços duram até tarde, mas o dia é longo. Por isso, quando a noite cai e depois de uma tarde com animação, abre-se o baile e o buffet. Há quem abra o buffet e depois a pista de dança, há quem faça as duas coisas quase em simultâneo, enfim, é um espaço que terá a comida toda disposta e que se vai repondo à medida que vai terminando,  ao longo de toda a noite.
Normalmente, todos os serviços oferecem sensivelmente a mesma coisa, mas o importante é definirem muito bem o que querem e verem a lista de tudo o que é prometido em cada mesa específica (doces, marisco, queijos, enchidos, etc). Se quiserem um doce específico, um prato quente diferente, peçam e uma empresa flexível e disposta a agradar, com certeza fará a vontade aos noivos. O importante é que esteja tudo bem descriminado, para não haver surpresas (ou para as minimizar pelo menos) no dia do casamento.

Bolo de noivos e Champagne
Algures durante o dia, abre-se o bolo e bebe-se o champagne. Há quem opte por dar o bolo como sobremesa, há quem prefira servi-lo à saída da cerimónia, há quem o dê como lanche, entre o fim do almoço e a abertura do buffet. Depende sempre da vontade dos noivos e da organização do dia.
Os bolos podem ser variadíssimas formas, sabores e desenhos e, normalmente, estão incluídos no serviço de catering, não sendo um custo extra.  A nossa preferência é pelo bolo tradicional, de três andares e, para mim, é importante que tenha, pelo menos, dois sabores distintos, para agradar à maioria. Houve vários casamentos em que havia bolos de nozes ou de chocolate e, quer um quer outro, não são igualmente apreciados por todos (eu incluída). Diminuindo a probabilidade de não gostar de nenhum sabor, queremos que os nossos convidados provem um pedacinho de bolo, no mínimo.

Um conselho que nos deram, e que vamos seguir, é termos alguém que seja responsável pelo diálogo com a empresa de catering. No dia é importante que os noivos estejam bem e que desfrutem dos seus convidados. Não podem andar em cima da organização para que tudo corra bem. Por isso, é essencial haver alguém de confiança, a quem reconhecemos tacto, delicadeza e assertividade, que garanta que as coisas estejam do agrado dos noivos e a correr tudo bem e como planeado. Escusado será dizer que essa pessoa deverá estar por dentro da programação e saber exactamente o que será feito e o que foi pedido. Não queremos que os noivos se chateiem com falhas e pequenos problemas que possam eventualmente surgir.

Tendo dito isto, e sabendo que, independentemente da organização e planeamento, todos estão sujeitos a que algo corra fora daquilo que foi idealizado, é fundamental que, desde que acordam até terminar a noite, os noivos relaxem, sorriam e que saibam de antemão que, apesar das tentativas, nem todos vão gostar de tudo, nem tudo será perfeito. Mas é o nosso/vosso dia e, o que marca nos convidados ainda mais do que a comida, é o sorriso estampado de um casal divertido, que brinca com os convidados, que alinha nas suas surpresas e nos jogos propostos. No próximo post partilharei a minha experiência com a organização da animação do casamento.    

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